Na Semana da Mulher, esta FOLHA enviou duas perguntas para Patrícia Morari, presidente da Associação dos Suinocultores do Vale do Piranga/Assuvap.
FOLHA – Considerando o período que antecede a campanha pró-eleições municipais de outubro, como explicar as poucas candidaturas femininas vitoriosas e como criar ambiente para maior inserção das mulheres na vida político-partidária?
Patrícia – Em um país que tem sua maioria de eleitores do sexo feminino, a inclusão das mulheres na política pode e deve ser mais incisiva. O aumento dessa participação nos espaços de decisão pode reverter a situação de desigualdade entre homens e mulheres. Precisamos lutar pelos nossos direitos e ter representantes fortes, que nos identifiquem. Para isso, devemos começar revigorando a inclusão política e social feminina dentro de nosso município, contando com o esforço em conjunto de líderes políticos e da sociedade. Afinal, lugar de mulher também é na política.
FOLHA – Considerando o Dia Internacional da Mulher (8/3) e o Ano do Sesquicentenário de Ponte Nova, quais são as reivindicações que você prioriza como forma de otimizar a inclusão feminina na vida política e social de nosso município?
Patrícia – Muitas mulheres acabam optando por não ingressar na política, vezes por falta de interesse, vezes pela infinidade de outras tarefas executadas. Para reverter esse processo, em primeira instância, as mulheres precisam aumentar o interesse pela política e não devem temer a concorrência a grandes cargos. Também é necessário, no entanto, um esforço maior dos órgãos públicos para incentivar a participação feminina no cenário político. É perceptível que, sem o devido apoio, a proporção de candidatas efetivamente eleitas é baixa. Talvez leve algum tempo para que homens e mulheres ocupem a mesma quantidade de espaços municipais, mas já demos o primeiro passo de disposição. Temos bons exemplos no país e no município que corroboram para o crescimento político feminino.